Seguindo a sua agenda de doutrinação ideológica, o governo comunista da China está implementando mais uma forma de perseguição religiosa à fé cristã, dessa vez, mandando remover palavras que fazem referência ao cristianismo, como “Deus, Bíblia e Cristo” de histórias clássicas infantis.

Obras de Anton Chekhov, Alexandre Dumas, Victor Hugo e também de Robinson Crusoé foram adulteradas, após serem adotadas como literatura didática na China. Os livros são utilizados para oferecer conhecimento sobre cultura estrangeira, mas sem a menção de palavras que fazem alusão ao cristianismo.

“Quando uma estrela cai, uma alma vai estar com Deus”, diz um trecho do conto de Hans Christian Anderson, de 1845. Na versão chinesa, no entanto, ele é escrito assim: “Quando uma estrela cai, uma pessoa deixa este mundo”.

Já na descrição feita por Daniel Defoe sobre o naufrágio de Robinson Crusoé, quando ele recupera três Bíblias dos destroços da embarcação, a versão chinesa diz que ele recuperou “alguns livros”, portanto, sem mencionar a obra Sagrada para os cristãos.

Essa estratégia de doutrinação faz parte de um processo cultural conhecido como “sinicização”, que é nada mais do que uma forma de adaptação dos costumes, pensamentos e crenças consideradas “estrangeiras” ou “ilegais” aos ideais do regime chinês.

Até mesmo a Bíblia Sagrada o governo da China pretende filtrar pelo processo de sinicização, alterando doutrinas que não concorda. Isso explica a declaração feita por um pastor, ao dizer que “o estado chinês é Nabucodonosor”, por se comportar como um Estado-deus, exigindo ser adorado pela população.

“O estado chinês é Nabucodonosor, exigindo que Sadraque, Mesaque e Abednego adorem somente a ele. É Dario, exigindo o mesmo de Daniel. É Antíoco Epifânio, sacrificando um porco no Templo de Jerusalém. É César – qualquer um dos vários Césares – que requer que os cristãos escolham entre sacrificar-se a ele e ao martírio”, disse o pastor batista Mark Woods.

Para evitar que essa escalada de autoritarismo seja denunciada e combatida internacionalmente, a China tem ameaçado de prisão os cristãos que denunciam a perseguição religiosa no país.

Apesar da intensa perseguição religiosa, o cristianismo na China vem crescendo, corroborando com a perspectiva de que este poderá ser o país com o maior número de cristãos em todo mundo, já nos próximos anos, devido ao seu grande número de habitantes. Com informações: Missions Etrangeres

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