Os cristãos iranianos são presos com frequência por não abdicarem da fé em Jesus

A escolha por seguir a Cristo faz com que cristãos em vários países enfrentem algum tipo de perseguição. Seja a proibição de acesso a necessidades básicas, ataques violentos por parte da população, amigos e familiares, restrições por parte do governo e até mortes e prisões.

No Irã, país que ocupa o 9º lugar na Lista Mundial da Perseguição 2020, muitos seguidores de Cristo são aprisionados e condenados a longas penas por escolherem seguir a Cristo. A opressão islâmica e a paranoia ditatorial são responsáveis pela grande hostilidade causada aos cristãos, resultando nas prisões.

A maioria dos cristãos presos no Irã são condenados a cumprir pena na prisão Evin, localizada no bairro Evin, em Teerã, no Irã. A prisão é uma das mais conhecidas do país por abrigar um número alto de presos desde a construção, em 1972. Os prisioneiros são torturados através da privação de sono e agressões físicas e verbais.

Histórico de prisões

Nos últimos anos, muitos seguidores de Jesus foram presos após denúncias e atos violentos por parte das autoridades. Há cerca de três anos, o pastor Victor Bet-Tamraz e a esposa Shamiram Issavi foram condenados a 10 anos de prisão por propagarem o evangelho e organizarem pequenos grupos de estudos bíblicos. Após diversas tentativas de apelações sem sucesso, o casal fugiu do país para continuar a batalha judicial no exterior.

Em julho, cerca de 12 seguidores de Cristo foram presos em três cidades do país. Guardas de segurança invadiram a casa de um cristão que se reunia com outros 30. As autoridades receberam denúncias de um informante infiltrado entre os seguidores de Jesus que identificava os participantes. O começo da ação foi gravada pelos agentes e eles agrediram violentamente os cristãos antes de os levarem à prisão.

Muitas vezes, os cristãos presos só podem ser libertados depois de pagar uma fiança. Isso geralmente envolve grandes quantias de dinheiro, que podem chegar a 200 mil dólares, forçando os cristãos ou famílias a entregarem títulos de casas e, às vezes, negócios. As pessoas liberadas sob fiança nem sempre sabem quanto tempo a propriedade será mantida e essa incerteza pode silenciar os cristãos.

Devido à crise da COVID-19, muitos cristãos foram libertados da prisão por causa das condições insalubres, que podem contribuir para a rápida proliferação do vírus. Em março, cerca de 85 mil presos foram soltos como forma de evitar o alto contágio e alguns cristãos foram libertos no ato.

Fonte: Portas Abertas