O Níger, país do Oeste Africano, foi um dos novos países na Lista Mundial da Perseguição 2020, ocupando a 50ª posição. O confronto militar entre as tropas do governo e o Boko Haram causou um grande número de deslocados internos e um desastre humanitário. Muitos cristãos que escaparam do conflito estão vivendo em campos de deslocados internos em Bosso, Yebbi, Maiduguri e Yola.
Os ataques de Boko Haram e outros grupos islâmicos radicais continuam a causar medo entre a comunidade cristã. Há uma probabilidade de que a violência de grupos islâmicos militantes do Norte da Nigéria (bem como do Mali) afete seriamente o Níger a longo prazo. A instabilidade econômica e política do país também pode oferecer a grupos radicais, como o Boko Haram, uma oportunidade de expandir sua influência e presença.
Em meados de maio de 2019, as forças de segurança nigerianas frustraram um ataque terrorista à prisão de mais alta segurança do Níger, fora da capital Niamey, que mantinha os prisioneiros mais perigosos do país, incluindo ex-combatentes do Boko Haram e traficantes de drogas. Dois dias depois, 28 soldados do governo que perseguiam os militantes que atacaram a prisão foram mortos em uma emboscada por insurgentes armados no que se tornou o ataque mais mortal registrado no Oeste do Níger.
As áreas fora das cidades principais, especialmente fora da capital, são as principais onde os cristãos enfrentam perseguição. A pontuação do país, que explica a perseguição nas várias esferas da vida mais o índice de violência, pode ser vista abaixo.
A situação da mulher no Níger
Assim como outros países africanos com circunstâncias socioeconômicas e demográficas semelhantes, as mulheres cristãs enfrentam a possibilidade de abuso sexual. Além disso, as mulheres cristãs no Níger são afetadas por viverem sob a sharia (conjunto de leis islâmicas).
Por exemplo, de acordo com a sharia, uma mulher cristã não tem o direito de reivindicar a custódia dos filhos em casos de divórcio, embora o Níger seja um país secular. Os pais cristãos podem, por lei, solicitar a custódia dos filhos, mas, na prática, não conseguem. Muitas mulheres também tiveram seus direitos de herança negados por causa da conversão ao cristianismo. Muitos cristãos desconhecem as opções legais para defender seus direitos, mas quando o caso é levado ao tribunal, o problema geralmente é resolvido de forma satisfatória.
Fonte: Portas Abertas