Quando os cidadãos norte-coreanos decidem seguir o evangelho de Cristo, passam a enfrentar perseguição da comunidade, família, amigos e do governo. Através da perseguição, muitos seguidores de Cristo são mortos, agredidos e presos, além de serem privados das necessidades básicas.
A Coreia do Norte lidera a Lista Mundial da Perseguição desde 2002. Cristãos enfrentam níveis de pressão extremos em todas as áreas da vida, combinados com alto grau de violência. É difícil saber exatamente quantas pessoas estão presas na nação secreta da Coreia do Norte. Um relatório de 2014 da ONU estimou que havia entre 80.000 e 120.000 prisioneiros políticos detidos em campos de trabalho no país. Estima-se que, entre esses, há entre 50.000 e 70.000 cristãos presos por ousarem acreditar que Jesus é uma autoridade maior do que o líder da nação, Kim Jong-un.
Se cristãos norte-coreanos são descobertos, são presos e enviados a campos de trabalho forçado como criminosos políticos ou até mesmo mortos imediatamente, e as famílias compartilharão o mesmo destino. Os seguidores de Cristo norte-coreanos não têm o mínimo espaço na sociedade. Se reunir com outros cristãos para adorar é praticamente impossível e se alguns ousam fazê-lo, têm que ser em máximo sigilo.
Histórico de prisões
Kim Hak Song foi preso em um trem que ia da capital da Coreia do Norte, Pyongyang, para a China em maio de 2017, supostamente por ter cometido atos hostis contra o governo. Ele perguntou às autoridades o que ele tinha feito de errado e a resposta foi que ele cometeu o crime de orar. Os oficiais tinham cópias de e-mails que ele havia enviado à igreja, pedindo-lhes para orar pela Coreia do Norte, além de liderar um grupo de oração.
Song é um missionário da igreja na China e passava um mês na Coreia do Norte a cada vez que ia. Embora não tenha sido torturado durante a prisão, o seguidor de Cristo se queixava de dores no corpo.
Song foi libertado em 9 de maio de 2018, com dois outros cristãos. Tony Kim, outro cristão da Universidade de Ciência e Tecnologia de Pyongyang (PUST), foi preso em abril de 2017. Kim foi acusado de espionagem e solto em maio de 2018. Além deles, o pastor Dong-cheol Kim foi preso em 2015 após acusações de espionagem. O líder também foi libertado em maio de 2018.
Segundo a Casa Branca, a soltura dos três foi um ato de boa vontade que precedeu uma reunião do presidente americano, Donald Trump, com o líder norte-coreano, Kim Jong-un.
Fonte: Portas Abertas