Muitos cristãos ex-muçulmanos foram detidos e enviados para campos “vocacionais” chineses, onde passam por intensiva “reeducação” chinesa. Ehmet*, um cristão chinês, foi detido e enviado para um campo de reeducação. No começo, ele não ficou muito preocupado, por saber que outros membros da família estavam lá. Então apenas confiou em Deus e pensou: “Eu devo estar solto no próximo mês”.

Mas depois de três meses, ele ainda estava no campo. Dessa vez, ele pensou: “Talvez outros três meses e eles me deixarão ir”. Os meses passaram, mas ele não foi solto. Foi então que Ehmet ficou depressivo. Todos os dias, via os ponteiros do relógio na parede girando e pensava: “Que tipo de vida é essa?”. Depois de um ano, entregou tudo para Deus.

Ele orou: “Deus, eu me rendo. Você decide quando eu devo ser solto”.

Ao fazer essa oração, uma paz veio sobre ele. Deus o encheu com uma sensação de liberdade para enfrentar qualquer dificuldade que viesse. Pouco depois, Ehmet foi transferido para outro campo, onde finalmente encontrou alguns cristãos. Embora não tivessem permissão de conversar, encontravam formas de se comunicar por meio de um olhar ou balançando a cabeça. Aquilo era o suficiente para se encorajarem.

No ano passado, Ehmet finalmente foi solto. Philip*, um colaborador da Portas Abertas, compartilhou: “Agora que está em casa, a vigilância continua. Mas isso não acabou com sua fé vibrante. Ele continua acreditando no Senhor. O tempo no campo de reeducação, na verdade, aprofundou a fé desse homem e renovou sua intimidade com Deus. Não apenas isso, apesar das restrições, ele tem uma nova ousadia de compartilhar o evangelho com vizinhos e uma urgência em visitar e encorajar outros cristãos. Nos próximos anos, ele espera treinar e enviar mais irmãos e irmãs para servir ao Senhor. Ele quer que outros compreendam essa visão para fortalecer o grupo crescente de cristãos ex-muçulmanos na China”.

* Nomes alterados por segurança.

Fonte: Portas Abertas