O pastor Rafael Jacinto García lembra sobre o incidente de perseguição que sofreu durante os anos 1970 em San Agustin Loxicha, em Oaxaca, ao sul do México. Ele pregava o evangelho aos moradores da comunidade, quando um grupo de homens apareceu do nada e começou a agredir o líder. Mais tarde, ele foi levado para a praça principal para ser julgado publicamente. Depois do julgamento, eles colocaram García e outros quatro cristãos na cadeia, acusados de alterar a paz da comunidade compartilhando as crenças cristãs.
“Fomos arrastados para a praça da cidade por uma multidão de pessoas que se reuniram lá seguindo ordens do agente municipal da cidade. Nos pediram para dar explicações sobre por que, supostamente, queríamos quebrar a paz da comunidade com outra religião, que não a oficial”, disse o pastor Garcia aos parceiros da Portas Abertas em Oaxaca.
Horas depois, o pastor Garcia e os companheiros foram soltos. Eles foram para a casa de um homem cristão que tinham conhecido na primeira visita à cidade de San Agustín Loxicha e o homem ofereceu a eles refúgio em sua casa. Eles foram alimentados e tiveram as feridas devidamente curadas. O pastor García decidiu deixar Loxicha e foi para a Cidade do México. Ele deixou para trás um voluntário cristão que era padeiro para pregar o evangelho na comunidade enquanto ensinava as pessoas a fazer pão.
Ele voltou para Loxicha seguindo o chamado de Deus. “Voltei da Cidade do México para minha cidade natal. Nunca pensei que voltaria. Eu tinha outros planos, mas Deus me trouxe de volta para pregar aqui em Oaxaca. Preguei para as pessoas em mais de 100 aldeias, sofri perseguição: fui baleado e preso por fazer o que Deus me pediu para fazer. Mas tudo valeu a pena; muitas pessoas aceitaram Cristo e agora estão salvas”, disse ele.
Atualmente, a guerrilha do Exército Revolucionário Popular (EPR) controla todas as áreas do município de Loxicha. Pastores e outros líderes da igreja lá têm que ser cautelosos sobre como eles fazem seu trabalho pastoral. “A igreja cristã tem que ser muito sábia para poder viver entre grupos rebeldes e ainda sobreviver”, compartilhou o parceiro da Portas Abertas no local.
Fonte: Portas Abertas