O pastor Chris Sonksen, da megaigreja South Hills Church na Califórnia está chamando atenção da mídia após um apelo inesperado. “Saia da Igreja: pois se você fizer isso, sua vida será melhor”, é o nome de seu livro mais recente.

Essa campanha promovida por ele lhe rendeu espaço em vários órgãos de imprensa seculares, incluindo a rede de TV Fox News. Porém, a mensagem do líder religioso não advoga uma saída literal da igreja, mas uma mudança de atitude em relação à prática religiosa cotidiana.

A base para seu novo livro e o pedido que vem gerando publicidade a ele é a análise de pesquisas que indicam o quanto a frequência à igreja está diminuindo nos Estados Unidos.

“Com frequência, encontro e treino pastores e líderes de igrejas de todo o país através da minha plataforma de liderança, a ChurchBOOM. As conversas possuem um tema comum: muitas membros da igreja são passivos quando se trata de servir, contribuir e evangelizar onde moram”, escreveu ele.

Repetindo uma antiga análise, defende que “na maioria das igrejas, 80% do trabalho está sendo feito por 20% ou menos das pessoas. Nós nos tornamos uma igreja de espectadores e a equipe pastoral está se esgotando”.

Sonksen revela outros números que são motivos para reflexão: “Somente 39% dos evangélicos praticantes consideram literalmente a Bíblia como a Palavra de Deus. Menos de 20% obedecem ao princípio bíblico de contribuir e apenas 5% compartilharam sua fé com um não crente. Mais da metade dos membros da igreja frequentam os cultos uma vez por mês ou menos”.

Para ele, a conclusão parece lógica: “Algo precisa mudar. Essa frequência casual e a expectativa que outros servirão, contribuirão e anunciarão o Evangelho estão derrubando igrejas lentamente. Portanto, é hora de entrarmos ou sairmos”.

A partir daí, propõe que os crentes acomodados “desistam”. “Isso mesmo, desista! Se desistirmos desse modo casual de ver os princípios de Deus, você consegue imaginar o que aconteceria com nossa trajetória pessoal de fé e com nossa comunidade de fiéis?”, questiona.

O pastor defende que essa decisão é capaz de revolucionar a igreja. “Minhas conversas com cristãos ao longo dos últimos anos revelaram o porquê dessa desmotivação na igreja. A verdade é que, se não formos apaixonados por algo, não fazemos aquilo. Se não gostamos de algo que acontece na igreja, buscamos outra coisa. Quando achamos que as práticas espirituais não se encaixam em nosso estilo de vida, simplesmente não as praticamos”, acredita.

O líder cristão lembra ainda que “a igreja local não é um prédio, é um corpo de crentes que cumprem o propósito de Deus. Quando os crentes veem seu envolvimento e compromisso individual de uma maneira casual, enfraquecem todo o corpo de Cristo e o impacto que somos chamados a causar na sociedade. Deus quer que cumpramos o nosso potencial nEle”.

Concluiu dizendo que Jesus “sentiu que valia a pena morrer pela igreja e, como cristãos, deveria ser nossa missão valorizá-la e viver para ela”. E a melhor maneira de fazer isso é “saindo” da igreja como a temos hoje.


Fonte: Gospel Prime

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