Um pastor mexicano sobreviveu a uma tentativa de assassinato na cidade de Juarez, fronteira com os EUA. Somente no mês de junho, houve 177 assassinatos no município, a grande maioria resultante de conflitos de traficantes que procuram dominar a área.

Evitando divulgar seu nome por motivos de segurança, o líder evangélico disse que tornou-se um alvo porque o trabalho de sua igreja está tirando pessoas das drogas, o que é mal visto pelos cartéis.

Ele conta que, dia 12 de junho, um assassino entrou em sua casa. Armado, exigiu que o pastor se ajoelhasse e avisou: “você não sabe com quem está mexendo”. Porém, quando o homem puxou o gatilho, não conseguia disparar. Passou então a agredir o religioso até deixa-lo inconsciente, fugindo em seguida.

“O trabalho que a Igreja faz afeta as atividades dos narcotraficantes e também do crime organizado”, destaca o pastor, que não pretende desistir desse tipo de trabalho.

Em 8 de junho, o pastor mexicano Eduardo Garcia foi executado com seis tiros. O caso teve grande repercussão no país e deixou em estado de alerta todos os pastores que combatem as drogas, evidenciando que estão sendo perseguidos e mortos por traficantes.

Os registros de mortes violentas no México aumentaram drasticamente no último ano. De acordo com o Instituto Nacional de Estatística e Geografia, em 2017 houve mais de 30.000 homicídios no México, o maior já registrado na história do país.

Ministérios cristãos são alvos

De acordo com a Missão Portas Abertas, que luta contra a perseguição religiosa em todo o mundo, “os cristãos ativamente praticantes tornaram-se alvos”. Dennis Petri, analista latino-americano da organização, destaca: “Sempre que um cristão começa a se engajar em serviço social – por exemplo, montando uma clínica de reabilitação ou organizando trabalhos para jovens – isso é uma ameaça direta às atividades e interesses do crime organizado, pois os afasta das drogas, o que é uma ameaça direta ao mercado lucrativo dos traficantes”.

Petri mencionou que há vários registros de pastores que foram mortos recentemente por terem um trabalho efetivo no combate às drogas e na recuperação de drogaditos. Além de clínicas, ministérios fazer ações como escolinhas esportivas, que também passam uma mensagem contra a drogadição.


Fonte: Gospel Prime

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