Depois de uma vida marcada pelo excesso de consumo de álcool, o ex-jogador Cicinho (São Paulo) deixa o campo, a “vida louca e sem regras” como ele mesmo descreve e hoje é um cristão dedicado.
Aposentado do futebol e pai de três filhos, ele ainda precisa descobrir seu novo rumo. Hoje testemunha mudança de vida, mas sabe que o pecado deixa consequências. “Eu vivi, hoje eu tenho a oportunidade de passar o que é certo e o que é errado”, disse.
“Gosto quando as pessoas me olham e veem uma transformação”, enfatiza. Além do alcoolismo ele também enfrentou a depressão durante seus anos de estrela do esporte, com passagem por grandes clubes europeus como Real Madrid e Roma. “Os prazeres do mundo tiraram o meu prazer de jogar futebol”, conta.
Arrependimento
O auge da dependência pelo álcool quando jogava na Europa. Em Madri e Roma, Cicinho construiu pequenas boates dentro da própria casa, com pista de dança, bar e muitas bebidas. “Mas hoje eu me arrependo”, afirmou ao citar o vício.
“Eu li em algum lugar que existem três tipos de pessoas: o sábio, o inteligente e o tolo. O tolo não aprende nem com os próprios erros, o inteligente até aprende, mas o sábio aprende com os erros dos outros”, disse.
Mudança de vida
Em março de 2009, após o diagnóstico de uma grave lesão no joelho, Cicinho pensou que não iria mais jogar futebol então “descontou na bebida”.
“Eu me vi no fundo do poço quando cheguei totalmente embriagado de um jantar com meu amigo Railson, que morava comigo em Roma”, lembra.
Railson que também estava embriagado não conseguiu descer do carro e caiu. Cicinho tentou ajuda-lo, mas também estava bêbado demais.
“Eu não conseguia levantar ele. Então, o motorista pegou, levou ele para o quarto e ele só gritava o meu nome. Ali me veio um remorso. Eu estava levando meu amigo para o caminho errado”, reconhece.
“Hoje, tanto ele quanto eu viajamos o Brasil dando testemunhos do que Jesus fez nas nossas vidas”, revela.
Ajuda médica
Depois de passar por tratamentos médicos e ajuda psicológica, Cicinho reconheceu que tinha um problema de saúde. Em seguida veio o casamento.
“Quando falamos (ele e a esposa) sobre esse lado espiritual, despertou um interesse e optei por ir pelo caminho que ela me apresentou. Ali eu fui resgatado. Eu sou outra pessoa”, disse.
Além de Heitor, o primogênito de um casamento anterior, Cicinho e Marry tem duas filhas, Eloah e Ester.
O gol mais importante de sua vida
“Eu não lembro mais dessa vida, passou. Não importa como eu comecei, o que importa é como vou terminar”, disse.
Cicinho afirma que “aceitar Jesus como Senhor e Salvador foi o gol mais importante que fez na vida”. Hoje em dia, ele recebe vários convites para testemunhar em igrejas.
Na denominação onde ele e a família frequentam, Cicinho é líder de casais. Ao ser questionado sobre um dia ser pastor, ele responde: “Está nas mãos de Deus. Se Ele achar que sou a pessoa certa, estarei preparado”, conclui.
Fonte: Gospel Prime